Criolo cria pontes no disco “Sobre Viver”

Criolo protagoniza um dos mais aguardados lançamentos do ano e conta detalhes no Backstage Altafonte. Assista.
O álbum “Sobre Viver” chega para fazer pontes, estabelecer encontros e propor diálogos entre o universo do rap e tantas outras quebradas da música do Brasil e do mundo. Algumas curiosidades:
❤️O álbum abraça tanto o Cabo Verde de Mayra Andrade quanto as Minas Gerais de Milton Nascimento, tanto a nobreza erudita do maestro Jaques Morelenbaum quanto a potência de MC Hariel e a intensidade da diva soul Liniker.
? Entre as participações citadas acima, vale destacar aqui, em especial, a da poeta Maria Vilani, mãe de Criolo, na faixa “Pequenina”.
?O rap é o princípio de tudo e é ele quem dá a caneta nas dez canções do álbum, mas o som e a musicalidade se desdobram em múltiplas referências, seguindo a vocação dos trabalhos que colocaram Criolo no centro do mapa da música brasileira produzida neste século.
?“Sobre Viver” começou a ser esboçado há pouco mais de um ano. O álbum é a reação de Criolo ao Brasil da pandemia e ao emaranhado de tristeza e ódio em que nos enrolamos, à nossa revelia, nesse período sórdido.
?O mesmo impulso já havia dado forma ao single “Cleane” (2021), dedicado à irmã de Criolo, Cleane Gomes, vítima fatal da covid-19 aos 39 anos.
? Musicalmente, Criolo usa o álbum para expandir a equipe de produção em núcleos. Daniel Ganjaman, que formatou a sonoridade de Criolo nos trabalhos anteriores, segue no time. Ele está nas faixas “Ogum Ogum” e “Aprendendo a Sobreviver”. O próprio Criolo bota a mão na massa em “Me Corte na Boca do Céu a Morte Não Pede Perdão” e “Pequenina”. São essas as faixas, aliás, que concentram as participações especiais. Mas a maior parte das músicas ficou sob os cuidados do duo Tropkillaz, formado por Zegon e Laudz.
A melhor forma de entender o álbum é ouvindo ele. Taca play!